Trance psicadélico
Trance psicadélico (português europeu) ou psicodélico (português brasileiro) (referido ainda como psy trance) é uma forma de música eletrônica desenvolvida no fim dos anos 1980 em Israel a partir do Goa trance (da Índia , Goa). Este estilo tem uma batida rápida, entre 135 e 165 batidas por minuto (bpm), além da batida forte de kick, num compasso 4x4, que algumas vezes difere da batida do techno por ter um alcance de freqüência um pouco mais alto além dos sons graves. Ogoa trance original geralmente era feito com sintetizadores modulares e samplers de hardware, mas a preferência no trance psicodélico se direcionou para a manipulação de samples e armazenamento em programas de sampleamento VST e AU. O uso de sintetizadores analógicos para a síntese sonora deu lugar aos instrumentos "analógicos virtuais" digitais como o Nord Lead, Access Virus, Korg MS-2000, Roland JP-8000 e os plugins de computador VST e AU como o Native Instruments Reaktor. Esses geralmente controlados por um sequenciador MIDI dentro de um programa de Digital Audio Workstation (DAW). O trance psicodélico é freqüentemente tocado em festivais ao ar livre (longe de grandes centros urbanos), que podem durar vários dias, com a música tocando 24 horas por dia.
O surgimento do estilo no Brasil
Em Trancoso, sul da Bahia, reduto hippie dos anos 1960 e 1970, o trance psicodélico apareceu no final da década de 1980, logo após seu desenvolvimento em Goa, com a vinda de estrangeiros. Já na década seguinte, apareciam as primeiras raves no estado de São Paulo. No final dos anos 1990 e início do século XXI, no Brasil o estilo se tornou popular com diversos festivais e festas reunindo mais de vinte mil pessoas ocorrendo ao longo do ano e em diversas metrópoles do país, e cada vez mais ganhando aceitação do público em geral.
Atingindo grande popularidade em 2007, o termo psy trance (do mesmo modo que acontecia em relação ao techno, no passado) é erroneamente usado para se referir a todos os estilos de música eletrônica mais dançantes ou animados. Muitas músicas chamadas de psy trance pela mídia e fãs em geral, na verdade são house ou rock trance, por exemplo.
Vertentes do estilo
É um dos mais populares estilos de música eletrônica nos últimos anos, e vem sendo tocado desde raves específicas para este estilo até clubes mais comerciais. É bastante psicodélico, tendo como característica principal a ideia de transe em que o ouvinte entra, embalado pelas linhas de sintetizador repetidas ao longo das batidas da música, que consiste num ritmo 4/4. Desde o seu surgimento, o trance já passou por várias mudanças. De acordo com os detalhes em sua estrutura, podem ser dos estilos Progressive, Dark e Psychedelic, entre outros. Cada vertente tornou-se independente, formando uma escola para os artistas envolvidos. Sendo assim, é possível acompanhar a evolução da cena psicodélica em particular.
Dentro da cena atual, a produção de música eletrônica é abundante e rica em qualidade, dividindo-se nitidamente em três fortes correntes principais: Full On, Progressive e Dark.
Full On
Ver artigo principal: Full On
Full on é a vertente mais melódica do Psychedelic Trance. O estilo foi originado em Israel evoluido em ibiza no final da década de 1990 por GMS pioneiros e precursores do Full on, O Full on tem varios estilos diferentes, o Full on morning (caracteristica mais melódico), Full on Hi-tech (caracteristica agressivo, mais agitado), o Full on Groove (caracteristica agressivo e muitos elementos psiodélicos) e entre outros estilos.
Progressive
Vertente mais calma, lenta e extremamente lisérgica do Psy Trance, construída geralmente (mas nem sempre) entre 130 e 140 bpm. A oscilação é deixada de lado, o som é mais constante, retilíneo e crescente. Os sintetizadores são mais sutis, sendo a batida e a linha de baixo o que mais interessam ao trance. É uma música introspectiva, que busca equalizar as ondas do cérebro, e assim, chegar a um estado meditativo da dança. É o som típico de fim de tarde no qual, depois do Dark e do Full On, é muito aceita para descansar o corpo e a mente. Tem um kick bem leve e um baixo bem grooveado, passando por diversos tons que empolgam seu ritmo dançante. Exemplos são os produtores do Beat Bizarre, Zion in Mad, Metapher, Bitmonx, Ace Ventura, Analog Drink, Ticon e Atmos.
O "prog" mescla várias vertentes e sub-vertentes da música eletrônica podendo caminhar entre o prog house, prog psy e prog dark, estando todos englobados no mesmo estilo (não há como classificar ou ter-se-ia nomenclaturas enormes do tipo minimal-progressive-electro-breaks). Ele pode ter um bassline com bastante groove, assim como nenhum groove.
DarkPsytrance
Ver artigo principal: Dark Psytrance
Todas essas vertentes se completam, cada uma com seu momento dentro do ritual. A celebração psicodélica precisa tanto dos momentos de euforia e dança que o Full On proporciona no auge da festa, assim como do som barulhento e sinistro do Dark, além dos insights meditativos do Progressive após a energia ser trabalhada. Tudo no seu tempo e com harmonia. Experiência psicodélica
A experiência psicodélica é caracterizada pela percepção de aspectos mentais originalmente desconhecidos
por parte do indivíduo em questão. Os estados psicodélicos fazem parte do espectro de experiências induzidas
por substâncias psicodélicas. Neste mesmo campo de estados, encontram-se as alucinações, distorções de
percepção sensorial, sinestesia, estados alterados de consciência e, ocasionalmente, estados semelhantes à
psicose e ao êxtase religioso.
Nem todos que experimentam drogas psicodélicas (como o LSD) têm uma experiência psicodélica e muitos
alcançam estados alterados de consciência através de outros meios, como pela meditação, yoga,privação
sensorial, etc.
Níveis da experiência psicodélica
O Psychedelic Experience FAQ (em inglês) descreve cinco níveis da experiência:
- Nível 1:
- Aumento das capacidades sensitivas (principalmente visuais), tornando as cores mais "brilhantes". Ligeiras
- anomalias na memória de curto prazo. Mudanças na comunicação entre ambos os lados docérebro, tornando
- a música mais expressiva.
- Nível 2:
- Cores realçadas, ligeiras alucinações visuais (ex. objetos se movimentam ), desenhos parecem adquirir
- terceira dimensão. Pensamentos confusos; considerável aumento das capacidades criativas.
- Nível 3:
- Alucinações visuais claras, tudo parece curvado ou alterado em outros aspectos, caleidoscópios ou imagens
- fractais vistas nas paredes, paisagens, imagens de pessoas, etc. Alucinações com os olhos fechados se
- tornam tridimensionais. Há alguma confusão entre os sentidos (ex. o indivíduo começa a "ver os sons como
- cores"). Distorções na percepção temporal e "momentos eternos". Movimentação corporal se torna
- extremamente difícil (muito esforço necessário).
- Nível 4:
- Alucinações extremamente fortes (ex. objetos se fundem com outros). Destruição ou divisão múltipla do ego
- (ex. objetos parecem conversar com o indivíduo, ou este começa a sentir sensações contraditórias
- simultaneamente). Alguma perda da realidade. O tempo perde seu significado. Experiências extra-corporais.
- Fusão dos sentidos.
- Nível 5:
Total perda de conexão visual com a realidade. Os sentidos deixam de funcionar em seu estado normal. Total
perda da noção de ego. Sensação de fusão do indivíduo com o espaço, outros objetos, ou universo. A perda da
realidade torna-se tão severa que desafia sua expressão verbal. Os primeiros estágios são relativamente fáceis
de se explicar em termos de mudanças mensuráveis de consciência e padrões cognitivos. Este nível é diferente
porque o universo no qual as coisas são normalmente percebidas deixa de existir.
Fontes: wikipedia.org , wikipedia.org
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